quarta-feira, 31 de julho de 2013

Alimentação natural em lata


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Eu parei de beber refrigerante desde que voltei das férias no Brasil.
Achei que ia ser mais complicado porque por aqui a oferta de sumo natural feito na hora nos bares e restaurante é quase zero. Tem suco de laranja na cafeteria da universidade, custa 1,50 euros, um luxo! Toma-se no café da manhã, como um complemento. Com a comida não! Tenho uma ótima desculpa para tomar mais vinho – ô vida boa!!

Não beber, não comprar, não pedir em bar e restaurante até que é fácil. Difícil é recusar na casa dos outros, nas festas de amigos.
 Eles falam: “você não vai tomar nada??” Respondo: “tomo sim: ÁGUA!” Minha sogra sempre quer me dar “Aquarius”, sempre tenho que dizer que não gosto e que isso não é saudável como ela acredita. Li, para ela, várias vezes o rotulo dos ingredientes e friso a quantidade de sal que tem, além do já sabido de açúcar. Ela que não se dá para vencida, retruca; “foi a médica que receitou ao meu marido” – tomei cheque mate da autoridade suprema neste mundo!

E a cara de ponto de interrogação que o povo faz quando você diz que não tem refrigerante em casa. Se a visita quiser tem água e suco - passei por isso no domingo: ela acabou bebendo cerveja! 

Também parei com o "ice tea", o "nestea" que tem muito açúcar - eca!!! Para a minha perplexidade total, existe “refresco sin burbujas” que os pais dão as crianças. Fique bege desbotada quando vi pela primeira vez!!




Agora quero cortar as farinhas brancas do tipo refinadas. 

Os pães integrais vendidos nos supermercados tem farinha branca (de trigo) refinada na composição. Eu não acho o pão que quero. Como temos máquina de pão em casa, pensei que posso tentar fazer uma vez para ver se gosto de brincar de ser padeira. 

Fui à loja de produtos artesanais ao lado de casa e para minha surpresa era tudo em lata, os pães eram torrados e tem uma enorme seleção de embutidos do campo!! Acho que o mais “natural” que tinha era o ovo caipira. Não tinha nada do tipo DIY – Do It Yourself. 

Eu queria saber se tinha “farinha de amêndoas” que li que era ótima para fazer bolos e tem as boas propriedades dos óleos. Super simpática, a dona da loja me disse que não conhecia e que nem ia procurar agora porque fecha em agosto para férias. E que esta coisas assim em grãos e muito vegetarianas não eram muito comuns em Madrid!

oi??
Vou levar a moça para dar uma volta pelo bairro de Lavapies.
Como é difícil querer ter o controle do que se come!!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Milão e Magê

Era o que tinha!!   
A carol vinha a um congresso em Grenoble que fica perto de Lyon.
Eu queria ir pra lá pra encontrá-la mas o Paco nâo queria ir pra França.
Abri o mapa e virou Milão. 
 
Ir e voltar foi mega cansativo: duas noites no aeroporto.
Milão é lindo, grande cidade, meio "pija", meio fashion.
E cara!
Mas Paco e eu conseguimos comer e beber bem sem vender os rins.
Conto tudo: AQUI no blog Milão nas mãos.
 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Duas palavras que eu implico: sorte e inveja

Sorte: minha mãe diz que eu tenho sorte porque meu companheiro cozinha para mim (é para nós mas ... deixa) e me traz café todos os dias na cama. Eu não tenho sorte, eu procurei um companheiro assim para chamar de meu!

Várias pessoas dizem que tenho sorte por morar em Madrid. É tenho, eu gosto bastante – mesmo. Mas eu gostava muito de morar em São Carlos, minha cidade natal que escolhi para voltar a morar depois peregrinar por algumas outras. Em Madrid minha família é o Paco. Pô, tenho que falar com as minhas irmãs por skype levando em conta um fuso horário de 5 horas.

A Lourdes, empregada de casa durante anos, uma vez, me disse que ela poderia morar mais próximo no centro, seria mais fácil, mas preferia ficar onde estava porque estaria perto de suas irmãs. E ali está morando, ao lado que quem ela quer e ama.

E ai, quem tem mais sorte de morar no melhor lugar do mundo?

Sorte é um dia de sol no inverno chuvoso. Sorte foi ver a Alaska na rua um dia qualquer. É ganhar na loteria porque se fosse matemático o Jorge já tinha acertado faz muito tempo.

Já a inveja é uma merda.
Esta nova moda de escrever “inveja branca” é uma porcaria maior ainda. Para piorar tem umas pessoas que falavam “que invejinha branca que você está na praia e eu no escritório”. Pô, num sabe ser feliz pelos outros!!
Tentar transformar um sentimento negativo em algo positivo colocando a palavra “branco/a” indica a profunda desigualdade racial que vivemos. A forma como falamos é como vivemos. A inveja não vai ser mais bonita, nem mais limpa, se colocarmos branco depois. A inveja branca mostra o quanto se pode ser racista ainda hoje.

Na Espanha é “envidia sana” que também é uma merda. Aqui ela é sarada e faz esporte! Eu tenho medo dela, vai que ela me quebra em pedaços em uma aula de Kickboxing do ginásio.